sábado, 17 de abril de 2010

Eu prometi... não falar de política....

Mas, o discurso do Ruy Mesquita me fez mudar de ideia. Vou começar do começo. Houve uma entrega de prêmios para os Ícones da Comunicação e ele recebeu uma homenagem. Escreveu um texto que foi lido por seu filho, onde relatou a história de lutas do Estadão por liberdade e democracia. Pensei: hoje está completando 260 dias de censura para o jornal. Mesquita não fala disso. Mas, vi no discurso o retrato do Brasil e de seu governante maior pintados com todas as tintas de uma prensa móvel. Imprensa deriva justamente desse termo e um de seus maiores problemas é a falta de liberdade de expressão e a censura do jornalismo em alguns países, onde ainda existe um governo forte, deveria dizer fraco? O Estadão foi censurado por duas vezes anteriormente e ambas às vezes em governos ditatoriais, como o de Vargas e dos militares após 1964. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de ler seu discurso aqui vai uma parte do recado de Mesquita:
“Os espíritos autoritários não odeiam apenas os veículos de conhecimento. Odeiam o próprio conhecimento. E não é por acaso...
É este o drama do Brasil. Quem não conhece o passado está condenado a vivê-lo de novo. E cá estamos nós, outra vez, às voltas com um país que se quer o centro do mundo e um projeto de ditador que se imagina o centro do país...”
Embora as pessoas digam que o país melhorou, o próprio Serra vai bater nessa tecla durante a campanha que deve falar de Tancredo Neves até Lulla, não sei como ele vai fazer para encaixar aí o Sarney... A ficha limpa não passou, contrariando a vontade popular, afinal um quarto dos parlamentares tem pendência judicial. De acordo com um dos interessados, o Genuíno, do PT, a lei é “causuística.”
Para ele o povo não precisa de tutor, mas pelo jeito necessita de alguém que censure os meios de comunicação... O povo sabe votar, mas esqueceram de dizer a ele que o povo não sabe ler! Analfabeto funcional é o nome que os entendidos dão para essa anomalia.
Voltando ao assunto, os desmandos são tantos que para mim fica impossível pensar como um candidato poderá dizer que tudo vai ser igual. Igual como? Se o eleito for o Serra, ele vai continuar sendo o bobo da corte mundial? Vai apoiar o programa nuclear do Irã? Vai continuar aos beijos e abraços com Chaves e outros ditadores? Vai zombar do Judiciário? Lulla desafiou a lei eleitoral fazendo campanha antecipada e mesmo multado por duas vezes, não deve parar por aí, afinal é seu projeto de vida que está em jogo e juizes não mandam em presidentes, mandam Dr. Gilmar?
Às vezes, eu me pego pensando que o homem é tão vaidoso, mais tão vaidoso que escolheu a dama/Dilma/ para candidata para culpá-la pela derrota, mas devo estar sonhando, sim isso só pode ser um sonho...

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