sábado, 21 de maio de 2011

Quintal

Quintal... Diz o dicionário que quintal é uma pequena quinta. Não de quinta feira, claro, mas de pequena propriedade rústica com casa de habitação. É... A definição pode ser aplicada ao meu caso. Moro em um condomínio afastado da cidade. Sim, a casa pode ser definida como rústica, embora o arquiteto executor do projeto descreva a casa como conceito. Só eu moraria numa casa, dita conceito. Em moda conceito é aquilo que vai para a passarela e o usável é moda, simplesmente. Entenderam? Eu habito um local onde poucas pessoas teriam a ousadia de viver, acredito ser isso. Mas, o quintal é meu forte. Vocês sabem, fiz um curso de jardinagem, trabalho com artes plásticas e design. Daí para a decoração é um pulo. Estou sempre mudando móveis e objetos de lugar, em casa, e fora dela. Contei a vocês a história da pérgula, que por sinal ficou bem bonita. Há poucos dias fiz uma reforma geral no quintal, mudei até árvore de lugar. Agora fico molhando a coitada e implorando aos céus para que não morra! Vi também uma referencia a quintal dizendo: peso de quatro arrobas. Quatro e não cinco? Não entendi e não tenho para quem perguntar. Quem sabe o Ubaldo, não ele faria uma gozação danada e nem responderia, talvez por não saber... ou por não querer. Afinal, ele não pesquisa, conta as palavras produzidas diariamente. Quintal é a denominação de várias unidades de medida de peso, eu descobri. Em Portugal valia quatro arrobas. Pronto, está aí: foram os portugueses que criaram a confusão. Dom João VI quando chegou ao Brasil estabeleceu: um quintal igual a dez arrobas. Uau! O país nasceu inflacionando. Viva!!!!!
No meu quintal tem de tudo. De alecrim a gengibre, de roseira a eucalipto. Fico imaginando se essas coisas vão crescer do jeito que dizem as más línguas. Se sim, estou perdida e vou habitar a própria floresta amazônica. Vá ser ecológica assim na África, lá tem mais espaço. Será? Ele está se tornando uma preciosidade. Encolheu com a quantidade de água existente no planeta ou a humanidade seguindo o conselho "crescei e multiplicai," multiplicou demais? Sei não. Mas, quando comecei a plantar no meu terreno queria o cheiro de chuva e terra da minha infância passada na fazenda dos meus tios avós e o gosto da melancia quente encontrada no meio do cafezal. E falando nisso tenho dois pés de café. Quando começarem a produzir, poderei exportar seus grãos, não é?

Um comentário:

Rosa Leda disse...

Adorei o "sonho" de exportar o café... acho que vai ser possível, o Maurício Lima Verde poderá ser seu consultor.