sábado, 30 de julho de 2011

Andy Warhol: o endiabrado

Era um artista e acho que isso é do conhecimento de todos. Ninguém sabe quando nasceu, pois mentia sempre. Começou a carreira como designer e não foi revolucionário, mas tinha enorme percepção do mundo ao seu redor. Considerado o único artista verdadeiramente pop dançou conforme a música do mass midia e acompanhou as transformações ocorridas na arte contemporânea. Não criou nada e manejava a arte com um sexto sentido apurado captando antes que qualquer artista as novas correntes, enfim os anseios da sociedade. Sua estratégia artística tinha aspectos subversivos.Invertia o princípio dos modelos de quadros únicos dirigidos aos diletantes, recorrendo a fabricação em massa, destruindo dessa maneira o prestígio do original. Usou a serigrafia juntando-a com tinta acrílica. Embora as séries pareçam iguais, pois o motivo/assunto está repetido, as telas se diferenciam através da proporção, uso diferenciado da cor, sobreposição de figuras, espaços vazios ou em preto e branco, tornando-as diferentes.
Warhol representou o famoso modo de vida americano e seu trabalho revela - indiretamente - um embate interno entre vida e morte. Pintou sua primeira Marylin Monroe poucos dias depois da morte da atriz declarando, na ocasião, que seu interesse era a beleza. Apoiado em noticias de jornais revelou catástrofes aéreas, cadeiras elétricas, acidentes de carros e fez uma quantidade enorme de retratos da viúva Jackie Kennedy combinando momentos felizes com o rosto triste que aparecia no enterro do marido. Ele foi amado e odiado com a mesma intensidade, razão pela qual acabou sofrendo dois atentados. Na primeira, os tiros acertaram a série MM, na segunda, recebeu tiros pelo corpo e ficou hospitalizado por dois meses. Morreu jovem, de infecção hospitalar, uma ironia, não é?
Os sociólogos do futuro vão encontrar muitas informações sobre a civilização moderna do final do século vinte simplesmente analisando a obra de Warhol, que mesmo sendo ficção, era a mais pura realidade, e que realidade!

3 comentários:

Alexandre Henrique disse...

Ah o endiabadro Andy Warhol, inesquecivél personagem de Factory Girl, ou ambivalente em; Um tiro para Andy Warhol. Ele sempre me lembra o filme Factory Girl, grande artista do séc XX, adorei vc intitular ele como endiabrado!! pois era mesmo.

Beijos Rosa,

Ah sim, eu sou um vizinho de blog. Será que isto existe mesmo ahshuhuhuh ;D, expressão estranha que me veio no pensamento. Sei que adoro o blog de vcs.Abraços.

Anônimo disse...

Alexandre:
Embora isso não esclareça muito, minha curiosidade fez de mim uma pesquisadora bem respeitada (daí o pseudônimo) obrigada pela informação. E cuidado pesquisadores quando sismam descobrem até o que não existe! Estou brincando, não vou fazer isso até porque revelaria minha identidade e nesse momento é tudo que não quero. Vou ser conselheira em um museu conhecido em Sampa. Bjs Rosa II

Janaina Fainer disse...

Sensacional