sábado, 7 de agosto de 2010

Não Identificado!!!!!!


Desconfio que eu estou de mal com o planeta Terra. Estava lendo meus textos antigos e bem humorados e me dei conta que minha escrita ficou histórica, pesada e sem graça. No ano passado eu sofria na cadeira dos dentistas Flávio e Fabiana e mesmo assim era capaz de fazer gozação em cima da situação. Ia ao ginecologista e apesar do mico da posição para exames rotineiros na vida de qualquer mulher, conseguia brincar com o Dr. Castilho, em artigos engraçados.
Mudei ou mudaram os tempos? Não sei. Falando nisso lembrei-me do Caetano sempre buscando objetos não identificados e de minha vontade de me deparar com um. Lia nos jornais e pensava: só não acontece comigo. Pois é aconteceu, acredite se quiser...
Numa bela tarde, sabe aquele horário que não é dia nem noite... minha filha foi até a varanda de seu quarto e gritou: corre! Subi as escadas rapidamente e encontrei a menina estática como aquelas estátuas mesopotâmicas com um braço estendido apontado algo e dizendo, é uma visão? Não, e ele lançou uma luz vertical e apagou de repente permanecendo parado por uns cinco minutos e foi sumindo, sumindo no espaço sideral. Uma visão como aquelas de William Blake ou de Caetano Veloso, talvez de Spielberg.
É comum aparecerem objetos não identificados na região que compreende Botucatu, Bauru e Marília. Porém, essa foi à única vez que me deparei com algo semelhante. No dia seguinte li no jornal que algumas pessoas alegaram ter visto algo parecido. Suspirei aliviada, mas guardei segredo. Tantas noites de verão deitada na grama esperando e assim do nada, maneira inesperada eles apareceram. Nunca mais esqueci e nem fui a mesma pessoa de antes.
"Eu vou fazer uma canção de amor/para gravar num disco voador..." É Caetano, eu vi. Sou quase incapaz de descrever, embora guarde sua lembrança. Prateado ou cinza? Duas pessoas podem imaginar uma mesma coisa? Impossível. Era ele e talvez o velho Yoda estive lá irradiando bons fluídos. Não com esse nome, mas um sujeito vindo das estrelas, dessa imensidão iluminada, observando um local em extinção. Olhando com pena ou com um sorriso de deboche ao verificar o estado precário do planeta azulzinho.
Como sou famosa por gostar dos espumantes vindos da Toscana deve ter gente imaginando: bebeu. Como assim? Um disco voador passeando, fazendo turismo no quintal dela? "No céu de uma cidade do interior/Como um objeto não identificado". Um sonho "com um objeto não identificado"!

Um comentário:

Thiago Azevedo disse...

AIIII......EU MORRO DE VONTADE DE VER UM TAMBEM.....

VOU CONTINUAR ESPERANDO A MINHA VEZ.