Juliet, nua e crua - Nich Hornby
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Não li em dois dias como o Martin Page, até porque são 157 páginas contra as 269 de Hornaby. Mas li em uma semaninha em todo e qualquer intervalo que tive entre atividades supostamente mais importantes.
E, obviamente, adorei. O livro, criticado por muitos por ser anti cultura pop, é uma delícia. E não é anti cultura pop. E não é maldoso. E não vai contra tudo o que Hornby escreveu até agora.
O autor mostra o fim do relacionamento entre Duncan, um fã fanático (pleonasmo eu sei mas é a única forma de descrever o personagem e o grau da sua loucura) que trai a namorada Annie causando assim a ruptura do relacionamento que já não andava bem, enquanto no meio disso tudo, Tucker, o ídolo pop aposentado e misantropo de Duncan, relança uma versão sem tratamento de seu álbum de maior sucesso.
Talvez um pouco mais doce e bondoso do que os anteriores, se bem que Hornby sempre foi deveras gentil com seus personagens imperfeitos e seu público tão incerto quanto, Juliet mostra dúvidas e incertezas eternas na vida dessa geração que foi adolescente nos anos 90, ouvindo pop rock inglês e que ainda não tinha O ORÁCULO google.
Vamos combinar que hoje em dia quase tudo se resolve via google. Wikipedia também ajuda. Ok, talvez nada se RESOLVA mas tudo é muito bem analisado e pesquisado de uma forma sem precedentes.
E aí que as opções nem sempre tão são simples, e o azul do céu tão plácido e o acorde tão bem colocado. Mas já estou divagando.
Resumindo, leiam Juliet. E juro que não estou trabalhando para a Editora Rocco.
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