sábado, 7 de dezembro de 2013
Make happy to be happy
Uma nova odisseia. Nova história. Novo curso. Norte seria sul, sul, norte. Azul seria rosa. E luto, branco. As ruas que são contramão, não seriam. Teríamos chuva em vários sentidos. Olharíamos pro céu e cadê o arco íris? Aconteceriam outras coisas também. Beijo na boca não seria proibido, coração não seria partido, ninguém olharia pro umbigo.
O dia de fazer para ser feliz.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
IRRACIONAIS?
Postaram recentemente no facebook uma foto com comentários na qual Banzé, um cachorro, presumivelmente SRD, encontrou uma ninhada de gatinhos abandonada ma rua e levou os pequeninos bichanos para sua casa, protegendo-os.
Não se trata de ato isolado essa revelação. Os animais surpreendem com suas atitudes.
Foi num país da Europa Oriental que uma cachorra teve oito filhotes: cinco fêmeas e três machos. Seu ninho, coberto com palha, foi instalado num paiol de uma humilde chácara local. Por coincidência, na mesma época uma moça grávida, cujo estado escondia dos pais com medo de ser violentamente reprimida, sentindo as dores do parto, foi desesperada para um lugar cheio de mato e ali realizou seu parto, um menino. Deixou-o, no entanto, naquele local e retornou para seu lar. A cachorra dos oito caninos passando naquela região ouviu o choro da criança. Pegou o menino e levou para seu ninho, passando a ser amamentado com seus irmãozinhos cachorros. Quando os proprietários da chácara descobriram essa situação, atônitos tomaram o nenê no colo e levaram para sua casa. Ele sobreviveu. Agradeceram à cachorra pelo seu gesto altruísta.
A solidariedade entre as espécies existe e a preocupação de proteger os abandonados, está neles latente. Não foi no Quênia que vicejou a amizade de um filhote de hipopótamo com uma tartaruga gigante que o adotou, ele sobrevivente de uma tempestade que matou sua mãe?
Num jornal da região onde eu moro foi noticiado que uma gata teve três gatinhos que acabaram aninhados num balaio em companhia de uma galinha. Esta passou a cuidar dos bichanos e sua mãe aprovou a atitude da ave. O cachorro da casa foi conferir se tudo estava bem e aceitou também ação galinácea.
Esse mesmo jornal noticiou o fato de um itinerante idoso, caminhante de destinos incertos, acolheu uma cachorra que por ele sentiu atraída e dali para frente não mais o abandonou.
Os animais domésticos ou não, devem ser respeitados, protegidos e bem tratados. Exemplo de amor verificou-se em abril de 2006 em Moscou, na realização de um festival internacional de felinos, quando foram expostos mais de 500 animais, inclusive uma gata Sphyns com seus filhotes. Enfim, são gestos que nos transmitem exemplarmente amor, amizade, fidelidade e tantas outras virtudes praticadas pelos animais irracionais.

Foi num país da Europa Oriental que uma cachorra teve oito filhotes: cinco fêmeas e três machos. Seu ninho, coberto com palha, foi instalado num paiol de uma humilde chácara local. Por coincidência, na mesma época uma moça grávida, cujo estado escondia dos pais com medo de ser violentamente reprimida, sentindo as dores do parto, foi desesperada para um lugar cheio de mato e ali realizou seu parto, um menino. Deixou-o, no entanto, naquele local e retornou para seu lar. A cachorra dos oito caninos passando naquela região ouviu o choro da criança. Pegou o menino e levou para seu ninho, passando a ser amamentado com seus irmãozinhos cachorros. Quando os proprietários da chácara descobriram essa situação, atônitos tomaram o nenê no colo e levaram para sua casa. Ele sobreviveu. Agradeceram à cachorra pelo seu gesto altruísta.
A solidariedade entre as espécies existe e a preocupação de proteger os abandonados, está neles latente. Não foi no Quênia que vicejou a amizade de um filhote de hipopótamo com uma tartaruga gigante que o adotou, ele sobrevivente de uma tempestade que matou sua mãe?
Num jornal da região onde eu moro foi noticiado que uma gata teve três gatinhos que acabaram aninhados num balaio em companhia de uma galinha. Esta passou a cuidar dos bichanos e sua mãe aprovou a atitude da ave. O cachorro da casa foi conferir se tudo estava bem e aceitou também ação galinácea.
Esse mesmo jornal noticiou o fato de um itinerante idoso, caminhante de destinos incertos, acolheu uma cachorra que por ele sentiu atraída e dali para frente não mais o abandonou.
Os animais domésticos ou não, devem ser respeitados, protegidos e bem tratados. Exemplo de amor verificou-se em abril de 2006 em Moscou, na realização de um festival internacional de felinos, quando foram expostos mais de 500 animais, inclusive uma gata Sphyns com seus filhotes. Enfim, são gestos que nos transmitem exemplarmente amor, amizade, fidelidade e tantas outras virtudes praticadas pelos animais irracionais.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
(des)encontro
sai do banho com pressa.
esfrega grosseiramente a toalha no corpo nu, ainda molhado, recém-libertado das preocupações mundanas.
está atrasada.
senta em frente à penteadeira de princesa – presente-herança da avó.
ah, vó… tinha o cheiro de lavanda…
não, para! tenha foco, mulher!
põe o brinco preferido, comprado do hippie da pracinha, de pedra preciosa.
só disfarça uma maquiagem pelo rosto, ainda tem luz no dia lá fora.
desfila o batom vermelho pela boca carnuda, que agora deixa evidente o brilho das más intenções.
uma segunda demão – só por garantia…
vigiada pelo espelho, pega a calcinha nova escondida no fundo da gaveta.
guardada para um momento especial.
e especial, hoje, é prato do dia.
o vestido florido escorrega pelo corpo – parece abraçar as curvas, lamber as coxas, apertar os seios miúdos.
ela geme. e sorri.
o perfume, este atrevido, ataca o pescoço. tarado, invade os pulsos.
marca território. bom menino.
nada nos pés. quer saber do chão para reconhecer o exato momento em que começar a voar.
dia especial, lembra?
abre a porta da sacada. está quase na hora.
dá tempo de tomar um copo de água.
não quer engasgar. quer, de uma vez por todas, falar o que sente.
feito tabelinha com o sócrates – tocou, recebeu.
de volta à sacada, a ansiedade arranha o coração.
foco, mulher!
olha pra baixo. vê aquela gente indo pra casa, fim de labuta.
muitos deles voltando para seus amores.
muitos deles pensando em seus amores.
muitos deles desejando novos amores.
mas ela, não.
ela sabe o que quer.
mulher moderna. mulher fodona.
de repente, sente.
é agora. chegou a hora.
lentamente, levanta a cabeça. inclina o corpo, deixa levemente o colo aberto, seios quase se revelando feito fotografia à moda antiga.
queria fazer tipo, mas já escapava o sorriso, malandro que só.
fácil, fácil. que vergonha, vó…
já se sente na ponta dos pés.
levanta os olhos.
e vê.
sempre esteve ali.
quente, parecendo louco de desejo.
cheio de brilho, feito nova paixão.
tão próximo, como sonho bom.
recebe a ordem cerebral para dizer “eu te amo”. abre a boca avermelhada para obedecer, boa moça que é.
tarde demais.
ele ensaia o adeus – dois pra lá, dois pra cá.
fica menor. e menor. e menor.
pés no chão.
no horizonte, só aquele cheiro de despedida entre a trilha de migalhas deixadas pelo brilho, já um tanto opaco.
tudo bem.
amanhã tem pôr-do-sol de novo.
e ela comprou um par de botas na promoção do shopping.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
RECOMEÇO
Recomeço,
revisão, restauração, renovação... começamos de novo. Os rumos foram mudando e um dia a
Janaína comunicou estar parando. Rosa Bertoldi e eu pensamos em mantê-lo mas
faltou-nos alguma coisa e paramos também. Outro momento histórico, novos
sonhos e projetos, um ano sabático bem vivido e cá estamos novamente.
Quando era moça queria casar (como todas as moças de então, isso não é novidade)
Quando casei queria engravidar (como todas as moças de então, isso não é novidade)
Quando tive filhos, de vez em quando, queria que eles sumissem e me deixassem quieta.
Quando eles ficavam quietos eu ia cutucar, para ver se não estavam doentes.
Quando estavam doentes eu ficava junto o tempo todo, e rezava, e cantava, e brincava para alegrá-los.
Quando estavam muito alegres e barulhentos eu queria que se aquietassem e prometia prêmios para o mais quietinho.
Quando dava presentes queria que me agradassem e agradecessem.
Quando me agradeciam e agradavam eu ficava feliz e pensava: sou uma boa mãe (nunca tive certeza disso).
Quando não tenho certeza das coisas gosto de fazer terapia.
Quando faço terapia falo tudo... e choro.... e falo mais.... e choro.
Quando choro meus olhos ficam bem verdes, mas o nariz fica vermelho e a maquiagem borra, mas os olhos ficam lindos.
Quando meus olhos ficam lindos eu me sinto sedutora.
Quando me sinto sedutora esqueço que já cresci e já vivi bastante...
Quando penso que já vivi bastante lembro de quando eu era pequena e queria crescer.
Marcadores:
Janaina Fainer,
mudanças,
recomeço,
Rosa Bertoldi
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Pílulas 1
Vamos lá...
Preguiça
De um tempo para cá, não tão recente, surgiu uma nova profissão no mundo maravilhuóso das celebridades. Irmã de jogador famoso de futebol. Filha de ator que já foi galã e não é mais ou de técnico que chegou a prometer que ficaria nu na praia se o o seu time de futebol caísse para a segunda divisão (se não me engano, é claro, ele não cumpriu a promessa... apesar de, se não me engano, a equipe ter caído para a "temida" segundona). E, por conta da proliferação dessa nova categoria profissional, vemos (e temos de ler?) em sites importantes notícias como "irmã de (coloque aqui o nome do jogador de futebol famoso) posa com seu cachorro em casa usando um shortinho" e "filha de (coloque aqui o nome do ator) é cotada para ser capa da revista (coloque aqui o nome da revista)"... Preguiça.
Nesta semana, também, foi noticiado que uma apresentadora de TV teria alugado um hotel inteiro em Punta del Este, no Uruguai, para comemorar o seu aniversário de 40 anos. Casada com um outro apresentador de TV, tal notícia parece que bombou em sites, inclusive os de notícias importantes. Preguiça!
ah, eu sei, estou chato. Acho que é a terça-feira, um dia que, sei lá, não é segunda-feira, quando o cansaço das aventuras do fim de semana impera, e nem mesmo quinta-feira, quando a expectativa do fim de semana impera. Quarta-feira, desculpe-me quem for escrever neste dia no blog, é o dia comum, normal, sem mais ou sem menos...
Calor
Amo e odeio o calor. Amo quando estou na praia, em frente ao ventilador, andando de bicicleta (faça isso na ciclofaixa, se morar em São Paulo!, pelo amor de Deus!), em uma sala com ar-condicionado, em uma varanda (ainda espero ter uma casa com uma bela varanda!), bebendo cerveja em um bar (embora eu tenha parado um pouco de beber... projeto Carnaval, meu caro!), embaixo de uma árvore... Porém, eu o odeio quando, sem querer, eu percebo que estou suando, mesmo parado, vejo alguém de blusa apesar do calor, estou em um ônibus lotado ou em um metrô lotado (e sem ar-condicionado)... Ah, o calor. Ahhhhhhhhh, o calor!
Choro
Acho incrível a capacidade que a arte tem de me fazer chorar. Isso aconteceu comigo durante as últimas três peças a que assisti. Depois de ver "Cleide, Eló e as Peras" e "Aldeotas" (na foto, Gero Camilo - em breve uma entrevista que eu fiz com ele para a revista "Ocas" - e Vitor Miranda, grata surpresa), eu me lembrei da última pessoa que amei de verdade e também de um amigo que está (re)descobrindo o mundo e acho que ele mesmo. Saí do espetáculo sem ter o que falar, embasbacado, com um aperto no peito, com um furo no coração. Já diante de "Cais ou a Indiferença das Embarcações", notei o quanto o simples ato de contar uma boa história é magnífico e arrebata. Duas famílias, histórias que se cruzam em uma ilha, um cais, encontros e desencontros... Opa, quando eu vou te ver novamente?... O mundo, uma personagem afirma, é pequeno. Mas, aí, o outro, apaixonado por ela, retruca. Sim, sim, é pequeno, mas há muitas paredes.... Opa, quando eu vou te ver novamente?... Quando eu vou descobrir um pouco mais da sua vida?... Quando eu vou tentar te conquistar e reconquistar?
Centro
Vá conhecer a Praça das Artes, localizada no centro de São Paulo, bem próxima ao Theatro Municipal. Sabe aqueles lugares que parecem um milagre no meio de tanto caos e descuido? Assim é a Praça das Artes, que se parece muito com o Sesc Pompeia (prédio projetado por Lina Bo Bardi). Uma amiga, que é arquiteta, me contou que a Praça das Artes é um projeto de um arquiteto que foi estagiário do escritório da Lina. Talvez seja por essa razão que a Praça das Artes tem como características a ligação com a rua (parece uma continuidade) - uma pena que, nos dias de hoje, a Praça tenha que ser fechada à noite (medo de que isso aconteça no vão livre do Masp) - e acessos de um prédio a outro, ou de um andar a outro, por meio de escadas externas. Por favor, não me critique: não sou arquiteto, não conheço os termos técnicos da arquitetura e posso estar falando besteira. Enfim, a Praça das Artes é incrível e tem uma programação cultural que vale muito a pena ser conferida.
Beleza
E o que dizer de Marine Vacth, modelo e atriz, protagonista de "Jovem e Bela"? Pense em uma menina bonita. Pensou? Agora pense em uma menina bonita, com um olhar oblíquo e dissimulado, como o da Capitu, sabe!? Essa é Marine Vacth, que dá vida à adolescente Isabelle no longa dirigido por François Ozon. No filme, Isabelle é uma adolescente que o descobre o prazer (????) da perda da virgindade e, depois, torna-se prostituta por... Tire as suas próprias conclusões. Ah, a adolescência. Ah, o ato de adolescer... Ah, o ato de querer sentir prazer com aquilo que os outros julgam ser asqueroso, sujo, temido, perverso... Ah, o sexo... ah, o sexo?
Preguiça
De um tempo para cá, não tão recente, surgiu uma nova profissão no mundo maravilhuóso das celebridades. Irmã de jogador famoso de futebol. Filha de ator que já foi galã e não é mais ou de técnico que chegou a prometer que ficaria nu na praia se o o seu time de futebol caísse para a segunda divisão (se não me engano, é claro, ele não cumpriu a promessa... apesar de, se não me engano, a equipe ter caído para a "temida" segundona). E, por conta da proliferação dessa nova categoria profissional, vemos (e temos de ler?) em sites importantes notícias como "irmã de (coloque aqui o nome do jogador de futebol famoso) posa com seu cachorro em casa usando um shortinho" e "filha de (coloque aqui o nome do ator) é cotada para ser capa da revista (coloque aqui o nome da revista)"... Preguiça.
Nesta semana, também, foi noticiado que uma apresentadora de TV teria alugado um hotel inteiro em Punta del Este, no Uruguai, para comemorar o seu aniversário de 40 anos. Casada com um outro apresentador de TV, tal notícia parece que bombou em sites, inclusive os de notícias importantes. Preguiça!
ah, eu sei, estou chato. Acho que é a terça-feira, um dia que, sei lá, não é segunda-feira, quando o cansaço das aventuras do fim de semana impera, e nem mesmo quinta-feira, quando a expectativa do fim de semana impera. Quarta-feira, desculpe-me quem for escrever neste dia no blog, é o dia comum, normal, sem mais ou sem menos...
Calor
Amo e odeio o calor. Amo quando estou na praia, em frente ao ventilador, andando de bicicleta (faça isso na ciclofaixa, se morar em São Paulo!, pelo amor de Deus!), em uma sala com ar-condicionado, em uma varanda (ainda espero ter uma casa com uma bela varanda!), bebendo cerveja em um bar (embora eu tenha parado um pouco de beber... projeto Carnaval, meu caro!), embaixo de uma árvore... Porém, eu o odeio quando, sem querer, eu percebo que estou suando, mesmo parado, vejo alguém de blusa apesar do calor, estou em um ônibus lotado ou em um metrô lotado (e sem ar-condicionado)... Ah, o calor. Ahhhhhhhhh, o calor!
Choro
Acho incrível a capacidade que a arte tem de me fazer chorar. Isso aconteceu comigo durante as últimas três peças a que assisti. Depois de ver "Cleide, Eló e as Peras" e "Aldeotas" (na foto, Gero Camilo - em breve uma entrevista que eu fiz com ele para a revista "Ocas" - e Vitor Miranda, grata surpresa), eu me lembrei da última pessoa que amei de verdade e também de um amigo que está (re)descobrindo o mundo e acho que ele mesmo. Saí do espetáculo sem ter o que falar, embasbacado, com um aperto no peito, com um furo no coração. Já diante de "Cais ou a Indiferença das Embarcações", notei o quanto o simples ato de contar uma boa história é magnífico e arrebata. Duas famílias, histórias que se cruzam em uma ilha, um cais, encontros e desencontros... Opa, quando eu vou te ver novamente?... O mundo, uma personagem afirma, é pequeno. Mas, aí, o outro, apaixonado por ela, retruca. Sim, sim, é pequeno, mas há muitas paredes.... Opa, quando eu vou te ver novamente?... Quando eu vou descobrir um pouco mais da sua vida?... Quando eu vou tentar te conquistar e reconquistar?
Centro
Vá conhecer a Praça das Artes, localizada no centro de São Paulo, bem próxima ao Theatro Municipal. Sabe aqueles lugares que parecem um milagre no meio de tanto caos e descuido? Assim é a Praça das Artes, que se parece muito com o Sesc Pompeia (prédio projetado por Lina Bo Bardi). Uma amiga, que é arquiteta, me contou que a Praça das Artes é um projeto de um arquiteto que foi estagiário do escritório da Lina. Talvez seja por essa razão que a Praça das Artes tem como características a ligação com a rua (parece uma continuidade) - uma pena que, nos dias de hoje, a Praça tenha que ser fechada à noite (medo de que isso aconteça no vão livre do Masp) - e acessos de um prédio a outro, ou de um andar a outro, por meio de escadas externas. Por favor, não me critique: não sou arquiteto, não conheço os termos técnicos da arquitetura e posso estar falando besteira. Enfim, a Praça das Artes é incrível e tem uma programação cultural que vale muito a pena ser conferida.
Beleza
E o que dizer de Marine Vacth, modelo e atriz, protagonista de "Jovem e Bela"? Pense em uma menina bonita. Pensou? Agora pense em uma menina bonita, com um olhar oblíquo e dissimulado, como o da Capitu, sabe!? Essa é Marine Vacth, que dá vida à adolescente Isabelle no longa dirigido por François Ozon. No filme, Isabelle é uma adolescente que o descobre o prazer (????) da perda da virgindade e, depois, torna-se prostituta por... Tire as suas próprias conclusões. Ah, a adolescência. Ah, o ato de adolescer... Ah, o ato de querer sentir prazer com aquilo que os outros julgam ser asqueroso, sujo, temido, perverso... Ah, o sexo... ah, o sexo?
Marcadores:
celebridades,
facebook,
Marine Vacth,
MASP,
Pop culture,
Praça das Artes,
Punta del Este,
Sesc Pompéia,
Teatro,
Theatro Municipal
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Savana
“Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os
homens?”
Guimarães Rosa
Se hoje me fosse dado o direito de voltar naquela época de escolhas e vestibular, eu escolheria outro caminho. Escolheria um caminho que levasse a África, a um mundo de vastos planaltos, savanas e uma vegetação com cor de terra, um mundo de felinos imensos, suricatos e babuínos...

Por exemplo, hoje mesmo a caminho do trabalho antes mesmo de chegar ao metro quase fui atropelada por um carro e ainda fui xingada pelo motorista, que estava errado. Já dentro do Metrô, quando chegamos a estação, as pessoas, ao invés de deixarem as outras descerem para terem espaço para entrar, simplesmente passaram derrubando as outras, impossibilitando a saída ou entrada.
São Paulo é uma cidade que desumaniza, eu sei, já foi dito. Mas acredito que o problema não seja a cidade e sim a tal humanidade que não merece ser adjetivo. Desumanidade.
Mas não, não estou voltando a ativa no blog com um texto mal humorado. É só um texto.
Mas, vamos lá. Um ano e meio se passou desde minha última postagem e MUITO aconteceu.
O ano de 2012 foi um ano especialmente conturbado. E passou!

Mudei de trabalho já no começo do ano e está sendo uma experiência incrível voltar a esse lugar. A minhas origens, de certa forma. Impressionante, né? Como a vida se encarrega de te levar para onde você efetivamente precisa. Voltei a ter uma relação de amor com o teatro. Voltei a ver coisas lindas e embora tenha dúvidas quanto a 90% da humanidade os artistas ainda me tocam com seus sonhos quando sonham.
Mudei de casa. Agora moro num apartamento há um quarteirão do primeiro apartamento no qual morei na vida quando nasci. Vejo a sacadinha quando atravesso a rua e acho isso tão divertido numa cidade desse tamanho. Desumanizada.
Enquanto sonho com planaltos verdes empoeirados e cheiro de terra. E babuínos, suricatos, cheetas... e sei que um dia, eu chego na Namíbia.
domingo, 1 de dezembro de 2013
Quem sou eu...
Deveria dizer que vou descrever as venturas e desventuras da filha de hippies brasileiros da década de 60?
1- Casei-me pela primeira vez com um amigo de meus pais. A lua de mel foi em Trindade, uma praia paradisíaca perto de Parati. Puxei fumo o tempo todo e engravidei. Sempre tive dúvidas sobre quem seria o pai do garoto esquisito...
2- Fiz figuração no vídeo clip de Eu sou boy de Kid Vinil. Tive uma filha fisicamente parecida comigo.
3- Primeiro Rock in Rio e eu lá gritando e dançando ao som da voz de Rod Stewart, mesmo preferindo Bob Dylan.
4- Ah crianças... bichos Parmalat e um galinho revestido de cobalto. Este sal reage às moléculas de água do ar. O galo ficava azul quando o tempo estava seco e rosa nos dias úmidos.
5- Barcelona/Olímpiadas. Levei meus filhos e acabamos ficando quase dois anos por lá. Nessa época conheci Carmem Maura. Quase tive um ataque de nervos perto dela de tanto engolir a saudável fumaça de um cigarro comum!
6- Passei meu último final de ano em Trindade fumando e saltando ondas... meu desejo: mudar de vida radicalmente. Primeira visita não programada a uma delegacia.
7- Passagem do milênio no Copacabana Palace na festa de arromba da Alicinha com direito a coluna social e tudo mais.
8- Troquei a França pelo Egito. Estive em Karnac e Amarna, a cidade de Akhenathon e Nefertiti. Um calor maravilhoso e um Nilo poluído. Comecei a militar em uma Ong para cuidar do meio ambiente. Segunda visita não programada a uma delegacia.
9- Acho que todo mundo se lembra onde estava em 11 de setembro de 2001. Eu esperava um telefonema de minha filha. Ela ligou e disse: veja na televisão, o mundo está acabando... Uma era terminou e nós nunca mais fomos os mesmos após a queda das torres gêmeas do World Trade Center.
10- Tornei-me cronista em um projeto de arte e meus textos foram publicados em dois livros. Sou artista plástica e escrevo nas horas vagas, talvez eu seja cronista e pinte nas horas vagas!
11- Como criei meus filhos para o mundo tendo como livro de cabeceira Liberdade sem medo, eles seguiram a risca a teoria do pensador inglês A. S. Neill tornando-se tão independentes que esqueceram até que tem mãe.
12- Sempre viajei muito. Minhas amizades coloridas continuaram afinal meu casamento era considerado aberto a qualquer experiência.
13- Chutei o balde, pedi o divórcio. Parei de lecionar e resolvi mudar de vida. Fui para o México e em Cancun fiz topless, um avanço para quem só freqüentava praias de nudismo!
14- Viajei de novo para Paris. Durmo sempre usando somente 24 Faubourg Hermes perfume, pois se levarmos em conta o calor tropical não é preciso mais nada, mesmo...
15- A falta de comunicação acabou provocando um incidente engraçado. Levantei-me e fui ao banheiro. Minha filha havia percebido uma goteira no quarto e avisou a portaria do hotel, que enviou o encanador. Ele tocou, ela abriu a porta. Ele disse qualquer coisa em francês. Ela não entendeu e não teve tempo de avisar: banheiro ocupado. Ao mesmo tempo apareço na porta e me deparo com um homem vestido e no mínimo surpreso. Balbuciou alguma coisa e saiu correndo. Juro que sou magra e malhada em academia não possuo gordura fora do lugar, mesmo passada dos cinquenta. A noite tinha uma caixa de bombom em cima da minha cama com pedidos de desculpas da gerencia. Rimos muito e claro adoramos os bombons.
16- Conheci o Baptista através da Rosa Leda. Apaixonei-me por ele. Estou casada e feliz. Fui para a Finlândia em lua de mel. Sem possibilidade de praia de nudismo por medo de gangrena!
17- Freqüento à piscina do condomínio onde moro usando maiô! 18- Pretendo dormir de camisola hoje e todos os dias da minha vida. Afinal sou uma mulher séria, ou não?
18- Prometo paparicar meus filhos e enteados com frutas e doces deliciosos o resto da vida. Agora faço compras em supermercados e bebo vinho italiano como todo mundo.
19- Vou publicar um livro que está pronto, escrever muito e ser feliz... seja do jeito que for.
1- Casei-me pela primeira vez com um amigo de meus pais. A lua de mel foi em Trindade, uma praia paradisíaca perto de Parati. Puxei fumo o tempo todo e engravidei. Sempre tive dúvidas sobre quem seria o pai do garoto esquisito...
2- Fiz figuração no vídeo clip de Eu sou boy de Kid Vinil. Tive uma filha fisicamente parecida comigo.
3- Primeiro Rock in Rio e eu lá gritando e dançando ao som da voz de Rod Stewart, mesmo preferindo Bob Dylan.
4- Ah crianças... bichos Parmalat e um galinho revestido de cobalto. Este sal reage às moléculas de água do ar. O galo ficava azul quando o tempo estava seco e rosa nos dias úmidos.
5- Barcelona/Olímpiadas. Levei meus filhos e acabamos ficando quase dois anos por lá. Nessa época conheci Carmem Maura. Quase tive um ataque de nervos perto dela de tanto engolir a saudável fumaça de um cigarro comum!
6- Passei meu último final de ano em Trindade fumando e saltando ondas... meu desejo: mudar de vida radicalmente. Primeira visita não programada a uma delegacia.
7- Passagem do milênio no Copacabana Palace na festa de arromba da Alicinha com direito a coluna social e tudo mais.
8- Troquei a França pelo Egito. Estive em Karnac e Amarna, a cidade de Akhenathon e Nefertiti. Um calor maravilhoso e um Nilo poluído. Comecei a militar em uma Ong para cuidar do meio ambiente. Segunda visita não programada a uma delegacia.
9- Acho que todo mundo se lembra onde estava em 11 de setembro de 2001. Eu esperava um telefonema de minha filha. Ela ligou e disse: veja na televisão, o mundo está acabando... Uma era terminou e nós nunca mais fomos os mesmos após a queda das torres gêmeas do World Trade Center.
10- Tornei-me cronista em um projeto de arte e meus textos foram publicados em dois livros. Sou artista plástica e escrevo nas horas vagas, talvez eu seja cronista e pinte nas horas vagas!
11- Como criei meus filhos para o mundo tendo como livro de cabeceira Liberdade sem medo, eles seguiram a risca a teoria do pensador inglês A. S. Neill tornando-se tão independentes que esqueceram até que tem mãe.
12- Sempre viajei muito. Minhas amizades coloridas continuaram afinal meu casamento era considerado aberto a qualquer experiência.
13- Chutei o balde, pedi o divórcio. Parei de lecionar e resolvi mudar de vida. Fui para o México e em Cancun fiz topless, um avanço para quem só freqüentava praias de nudismo!
14- Viajei de novo para Paris. Durmo sempre usando somente 24 Faubourg Hermes perfume, pois se levarmos em conta o calor tropical não é preciso mais nada, mesmo...
15- A falta de comunicação acabou provocando um incidente engraçado. Levantei-me e fui ao banheiro. Minha filha havia percebido uma goteira no quarto e avisou a portaria do hotel, que enviou o encanador. Ele tocou, ela abriu a porta. Ele disse qualquer coisa em francês. Ela não entendeu e não teve tempo de avisar: banheiro ocupado. Ao mesmo tempo apareço na porta e me deparo com um homem vestido e no mínimo surpreso. Balbuciou alguma coisa e saiu correndo. Juro que sou magra e malhada em academia não possuo gordura fora do lugar, mesmo passada dos cinquenta. A noite tinha uma caixa de bombom em cima da minha cama com pedidos de desculpas da gerencia. Rimos muito e claro adoramos os bombons.
16- Conheci o Baptista através da Rosa Leda. Apaixonei-me por ele. Estou casada e feliz. Fui para a Finlândia em lua de mel. Sem possibilidade de praia de nudismo por medo de gangrena!
17- Freqüento à piscina do condomínio onde moro usando maiô! 18- Pretendo dormir de camisola hoje e todos os dias da minha vida. Afinal sou uma mulher séria, ou não?
18- Prometo paparicar meus filhos e enteados com frutas e doces deliciosos o resto da vida. Agora faço compras em supermercados e bebo vinho italiano como todo mundo.
19- Vou publicar um livro que está pronto, escrever muito e ser feliz... seja do jeito que for.
Marcadores:
Carmem Maura,
Hermès,
Paris,
Pop culture,
Rosa Bertoldi,
Rosa Leda Gabrielli,
Turismo
Assinar:
Postagens (Atom)