domingo, 8 de junho de 2008

Carrie Bradshaw



"As protagonistas de Sex and the city são ícones de um pós feminismo que acreditam que os direitos da mulher já estão garantidos e que é hora de ir atrás dos sonhos individuais"
Márcia Messa


Tem quem goste e quem não goste, mas lendo a matéria da revista Época não há como negar que Sex and the city deixou há muito de ser uma série de televisão e agora filme e passou a ser um ícone cultural. Impressionante como essa semana só se falou nisso. Eu já vi o filme e amei, é claro. Fiz uma cabine ultra private e chorei, ri, sofri e quis comprar tudo aquilo. Mas voltando, há quem diga que a série prega o consumismo, vida fútl e fácil... Isso dizem as amargas, as que não tem amigas de verdade, as que não perdem nem um tempinho comprando sapato e sonhando com um vestido tal. Mulher que não se identifica em alguma instância com as personagens não sabe o que está perdendo porque ser mulher hoje em dia é isso: é viver de alto alto. Na boa, eu não lutei para poder votar, para deixar o filho em casa, não queimei sutiã, não pedi aumento de salário... eu não acompanhei os passos desse feminismo da qual hoje muitas vezes sou vítima. Calma, deixa eu me explicar melhor, eu lido com homens que temem mulheres bem sucedidas, que não pagam a conta, que não acreditam em casamento e verdade seja dita, eu não tenho nada a ver com isso já que eu herdei toda a atitude que o mundo adquiriu pós feminismo... E quer saber? Eu quero um colo eventual e um homem que seja HOMEM mas também quero ser respeitada como profissional e o direito de fazer happy hour com meus amigos.
Outro dia recebi um texto que dizia que as mulheres estão tendo tanto stress porque hoje não basta ser mulher, tem se que ser super mulher. É sua obrigação coordenar a casa, se dar bem no trabalho, encontrar o homem da vida, ter amigos, filhos perfeitos tudo isso fazendo pilates cinco vezes por semana e linda!
Mas voltando, as personagens são consumistas sim mas qual o problema em se gastar dinheiro que se ganha trabalhando muito? E qual o problema em se divetir como homens errados até encontrar o certo? Se é que existe algo como o homem certo, vamos combinar! Resumindo, eu sou meio Carrie Bradshaw mesmo.



Um comentário:

Camilla Tebet disse...

Querida, tô contigo e não abro. Somos filhas da geração 68, mas como vc disse muito bem, pagamos, e muito por isso. Também estou cansada de ter que ser super mulher. Adoro um vestido caro, um sapato absurdamente caro e não me sinto nem um pouco culpada por isso, e mais: não me explico, pois sou eu quem pago minhas contas. Tô contigo e não abro mesmo. Não assisto o filme ainda. Assito e volto aqui. Beijos