segunda-feira, 28 de julho de 2008

Da terrinha




Já disse aqui uma vez que nasci e fui criado numa pequena cidade do interior. Embora seja muito pequena, com pouco mais de 30 mil habitantes, e muito do interiorrr, a 600 quilômetros da capital, é incrível a capacidade de encontrar com meus conterrâneos, não só aqui em São Paulo como em qualquer outro lugar do Sistema Solar. Lembro-me da primeira vez que saí à noite em São Paulo, há mais de 8 anos, coincidentemente com a Jana Fainer. Fomos a um teatro não me recordo muito bem onde, mas na fila encontrei com um conhecido da minha cidade natal. Fiquei espantado. Depois da peça, fomos a um bar na Vila Madalena. Foi chegar e encontrar mais outro conterrâneo! Pensei que jamais poderia fazer nada de errado aqui.


Isso tem se repetido frequentemente ao longo desses anos. Parar, no trânsito, imediatamente atrás de um carro com a chapa de lá ou de uma cidade vizinha, virou uma coisa natural. Passei a entender o porquê a população da cidade não cresce: eles se esparramam pelo mundo! Parece erva-daninha, que surge em todos os lugares.


De férias em Porto de Galinhas, com minha namorada e conterrânea também, encontramos com a irmã de um amigo “das antigas”. Meus irmãos, quando viajam, também encontram com conhecidos. Quando se pára em qualquer posto de gasolina, em qualquer um dos caminhos que liga a cidade à Capital, em um feriado prolongado, encontram-se rostos familiares. Minha colega de baia, ao meu lado, é filha de conterrâneo. Outro colega do trabalho nasceu na cidade vizinha. Meu pai, que passou semana passada semana aqui, encontrou ex-aluna na esquina e filho de colega numa loja.


Quando as pessoas perguntam de onde sou, normalmente explico que vim de uma pequena cidade do interior, que nunca ouviram falar. Evito dizer o nome. Se não confundem com uma cidade de Minas Gerais, cujo nome é semelhante, dizem que tem um amigo que conhece alguém de lá. Isso não é raro.


Minha irmã tem uma teoria que diz que Adão e Eva eram de Adamantina e que o Sermão da Montanha aconteceu no Buracão do Endo.

2 comentários:

Janaina Fainer disse...

ai q saudade de vc
como vai de vida?
beijos

Camilla Tebet disse...

Ta aí.. o tal sete graus de separação.. ou menos graus.. ou mais.. o mundo gira..