Hoje pensei em escrever sobre amor. Não sei porquê! Talvez porque fale pouco sobre o assunto, talvez porque ando me perguntando muito sobre o assunto. Mas não sou boa na coisa. Ou pelo menos não sou boa na teoria. Então escolhi um poeta que conheci há pouco e lamento não ter lido antes. Rainer Maria Rilke, nascido em Praga e morte em 1926. Esse trecho é do livro, " Cartas à um jovem poeta", onde ele mantém correspondência com um escritor que o procura a pedido de orientação. E mais que orientações literárias, o poeta lhe dá orientações sobre a vida.
" Quem observa com seriedade descobre que, assim como para a morte, que é difícil, também para o difícil amor não se reconheceu ainda nenhum esclarecimento, nenhuma solução, nem aceno, nem caminho. Para essas duas tarefas, que carregamos e transmitimos secretamente sem esclarecer, nunca se achará uma regra comum baseada em um acordo. Contudo, à medida que começamos a tentar a vida como indivíduos, essas grandes coisas se aproximam muito de nós, os solitários. As exigências que o difícil trabalho do amor impõe ao nosso desenvolvimento são sobre -humanas, e nós, como iniciantes, não podemos estar à altura delas. Mas se perseveramos e assumimos esse amor como uma carga e um período de aprendizado, em vez de nos perdemos em todo o jogo fácil e frívolo atrás do qual as pessoas se esconderam da mais séria gravidade de suas existência, talvez se perceba um pequeno avanço e um alívio para aqueles que virão muito depois de nós, e isso já seria muito.
No entanto, só chegamos no máximo a considerar objetivamente e sem preconceitos a relação de um indivíduo com outro indivíduo e nossas tentativas de viver tais relacionamentos não tem um modelo diante de si. Mesmo assim há, na própria passagem do tempo, algo que ajuda a nossa iniciação hesitante. "
"..... acredito que aquele amor permanece tão forte e intenso em sua lembrança porque foi sua primeira solidão profunda, o primeiro trabalho íntimo com que o senhor elaborou sua vida".
" Quem observa com seriedade descobre que, assim como para a morte, que é difícil, também para o difícil amor não se reconheceu ainda nenhum esclarecimento, nenhuma solução, nem aceno, nem caminho. Para essas duas tarefas, que carregamos e transmitimos secretamente sem esclarecer, nunca se achará uma regra comum baseada em um acordo. Contudo, à medida que começamos a tentar a vida como indivíduos, essas grandes coisas se aproximam muito de nós, os solitários. As exigências que o difícil trabalho do amor impõe ao nosso desenvolvimento são sobre -humanas, e nós, como iniciantes, não podemos estar à altura delas. Mas se perseveramos e assumimos esse amor como uma carga e um período de aprendizado, em vez de nos perdemos em todo o jogo fácil e frívolo atrás do qual as pessoas se esconderam da mais séria gravidade de suas existência, talvez se perceba um pequeno avanço e um alívio para aqueles que virão muito depois de nós, e isso já seria muito.
No entanto, só chegamos no máximo a considerar objetivamente e sem preconceitos a relação de um indivíduo com outro indivíduo e nossas tentativas de viver tais relacionamentos não tem um modelo diante de si. Mesmo assim há, na própria passagem do tempo, algo que ajuda a nossa iniciação hesitante. "
"..... acredito que aquele amor permanece tão forte e intenso em sua lembrança porque foi sua primeira solidão profunda, o primeiro trabalho íntimo com que o senhor elaborou sua vida".
2 comentários:
Camila:
Quando eu pensei que estava ficando em férias, meu mundo caiu, de novo. Porisso só hoje pude ler seu texto. Como sempre vc é ótima!
Bjs da RB - 2 e não do além....
Ah, o amor! E quem souber o que isso realmente é que me esclareça a mente. Troço confuso que entorpece os sentidos e nos deixa meio no-sense. Não sei bem o que ele é, embora às vezes toque no assunto. Penso que o sinto. Isso me basta.
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