Semana passada falei de um termo que não aprecio, os “dias úteis”. Essa semana, desculpem os que me lêem, mas quero falar sobre mais coisas que não gosto: certos cumprimentos.
Vamos por partes:
O que realmente me incomoda não é o cumprimento em si, mas a honestidade (?) contida nele. O mais trivial de todos: “oi, tudo bem?”. Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr. É incrível. O telefone toca e antes mesmo de me dar conta quem é, ouço: “Oi Camilla, tudo bem?”. E por educação desonesta tenho que responder: “ sim, e você?”.
Quem me conhece, sabe que odeio mentiras, odeio muito. Um ódio diria exagerado para os dias tolerantes de hoje. Odeio mentiras grandes, pequenas, caridosas ou cruéis. E esse tal do “tudo bem?” é uma mentira dupla. Mente quem pergunta, porque não quer mesmo saber e quem responde mente duas vezes: “Sim, tudo”, e nunca está TUDO bem com alguém. E mente no “ E você?”, quando na verdade não quer mesmo saber.
Tá, vocês podem pensar que ando com tempo sobrando para pensar em besteiras assim. Quase verdade, ando com tempo folgado, me dando o direito a certos prazeres, mas isso me incomoda há muito tempo, aliás, sempre me incomodou.
Há tempos venho buscando uma saída para a buzina que toca nos meus ouvidos quando ouço “oi, tudo bem?”, assim, desonestamente educado. Por algum tempo acreditei ter encontrado a saída. E quando me perguntavam “tudo bem?”, eu respondia:“olha, tô muito bem não. As coisas estão complicadas, ando com os saco cheio do meu trabalho, a grana tá curta, ganhei uns dois quilos, peguei gripe 4 vezes nos últimos tempos e não transo há seis meses”. Pronto, uma resposta honesta. Mas fui vencida pelas gargalhadas. Vocês já notaram que honestidade às vezes assusta tanto que é encarada como piada? A rota de fuga é certeira. Experimentem! Escolham um amigo ou conhecido como cobaia, diga a ele o que realmente pensa (de maneira educada, claro!). À qualquer pergunta, responda exatamente o que pensa. Ele acabará achando que você está brincando e vai rir de você. Acontece comigo sempre.
Não estou dizendo que não adoro quando amigos me perguntam como estou. Mas dá para sentir quando a pergunta é verdadeira e quando é um cumprimento, não dá?
Outro cumprimento que me irrita é o “prazer em conhecê-lo(a) ou muito prazer”.Por favor, convenhamos, prazer é uma palavra muito séria para ser usada assim, desonestamente.
Você e seu companheiro(a) vão ao supermercado onde encontram um colega de trabalho dele(a). Ele(a) odeia o colega e você sabe disso, pois é obrigada a ouvir desaforos sobre o fulano quase toda noite. Eles se cumprimentam, ele(a) te apresenta e dois minutos depois, lá vai você: “prazer em conhecê-lo”. M-E-N-T-I-R-A! Prazer é sexo, rock and roll, chocolate, amor, férias , sorriso de criança, fim de semana na praia, noite fria com pipoca e DVD. Isso sim é muito prazer. Então, até no supermercado você é obrigado a mentir por educação.
Quando esse tipo de situação me acontece eu me despeço dizendo: “tchau”. Nem “até logo” digo, porque na verdade logo é muito cedo para ver alguém que não se gosta.
Bem, e daí não é? Não gosto desses cumprimentos e se você também se incomoda com pequenas mentiras, também não gosta. Mas o que podemos fazer quanto a isso? Quando usei respostas honestas, já contei, cansei das gargalhadas. Hoje, ando numa fase muito bem educada, evitando confronto. Então não sei mais o que fazer. Se alguém tiver uma sugestão, aceito e prometo passar adiante. Poderíamos começar uma campanha: “abaixo o tudo bem, muito prazer e até logo”. Ou não, aí é coisa do Clube dos Estranhos mesmo. Esqueçam, mas aceito sugestões menos estranhas.
Bem, era isso. Foi um prazer verdadeiro estar aqui de novo e espero que esteja tudo bem com todos vocês, ou pelo menos mais ou menos. Ok, um pouquinho bem já está bom. Beijos de verdade a todos e até logo.
Vamos por partes:
O que realmente me incomoda não é o cumprimento em si, mas a honestidade (?) contida nele. O mais trivial de todos: “oi, tudo bem?”. Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr. É incrível. O telefone toca e antes mesmo de me dar conta quem é, ouço: “Oi Camilla, tudo bem?”. E por educação desonesta tenho que responder: “ sim, e você?”.
Quem me conhece, sabe que odeio mentiras, odeio muito. Um ódio diria exagerado para os dias tolerantes de hoje. Odeio mentiras grandes, pequenas, caridosas ou cruéis. E esse tal do “tudo bem?” é uma mentira dupla. Mente quem pergunta, porque não quer mesmo saber e quem responde mente duas vezes: “Sim, tudo”, e nunca está TUDO bem com alguém. E mente no “ E você?”, quando na verdade não quer mesmo saber.
Tá, vocês podem pensar que ando com tempo sobrando para pensar em besteiras assim. Quase verdade, ando com tempo folgado, me dando o direito a certos prazeres, mas isso me incomoda há muito tempo, aliás, sempre me incomodou.
Há tempos venho buscando uma saída para a buzina que toca nos meus ouvidos quando ouço “oi, tudo bem?”, assim, desonestamente educado. Por algum tempo acreditei ter encontrado a saída. E quando me perguntavam “tudo bem?”, eu respondia:“olha, tô muito bem não. As coisas estão complicadas, ando com os saco cheio do meu trabalho, a grana tá curta, ganhei uns dois quilos, peguei gripe 4 vezes nos últimos tempos e não transo há seis meses”. Pronto, uma resposta honesta. Mas fui vencida pelas gargalhadas. Vocês já notaram que honestidade às vezes assusta tanto que é encarada como piada? A rota de fuga é certeira. Experimentem! Escolham um amigo ou conhecido como cobaia, diga a ele o que realmente pensa (de maneira educada, claro!). À qualquer pergunta, responda exatamente o que pensa. Ele acabará achando que você está brincando e vai rir de você. Acontece comigo sempre.
Não estou dizendo que não adoro quando amigos me perguntam como estou. Mas dá para sentir quando a pergunta é verdadeira e quando é um cumprimento, não dá?
Outro cumprimento que me irrita é o “prazer em conhecê-lo(a) ou muito prazer”.Por favor, convenhamos, prazer é uma palavra muito séria para ser usada assim, desonestamente.
Você e seu companheiro(a) vão ao supermercado onde encontram um colega de trabalho dele(a). Ele(a) odeia o colega e você sabe disso, pois é obrigada a ouvir desaforos sobre o fulano quase toda noite. Eles se cumprimentam, ele(a) te apresenta e dois minutos depois, lá vai você: “prazer em conhecê-lo”. M-E-N-T-I-R-A! Prazer é sexo, rock and roll, chocolate, amor, férias , sorriso de criança, fim de semana na praia, noite fria com pipoca e DVD. Isso sim é muito prazer. Então, até no supermercado você é obrigado a mentir por educação.
Quando esse tipo de situação me acontece eu me despeço dizendo: “tchau”. Nem “até logo” digo, porque na verdade logo é muito cedo para ver alguém que não se gosta.
Bem, e daí não é? Não gosto desses cumprimentos e se você também se incomoda com pequenas mentiras, também não gosta. Mas o que podemos fazer quanto a isso? Quando usei respostas honestas, já contei, cansei das gargalhadas. Hoje, ando numa fase muito bem educada, evitando confronto. Então não sei mais o que fazer. Se alguém tiver uma sugestão, aceito e prometo passar adiante. Poderíamos começar uma campanha: “abaixo o tudo bem, muito prazer e até logo”. Ou não, aí é coisa do Clube dos Estranhos mesmo. Esqueçam, mas aceito sugestões menos estranhas.
Bem, era isso. Foi um prazer verdadeiro estar aqui de novo e espero que esteja tudo bem com todos vocês, ou pelo menos mais ou menos. Ok, um pouquinho bem já está bom. Beijos de verdade a todos e até logo.
5 comentários:
Quero um formulário prá participar do clube dos estranhos! Se você conversar com o Luciano e com a Janaína, vai saber que tenho condições de participar...E desculpe-me o plágio, mas você JÁ me inspirou a escrever no sábado sobre o mesmo tema...Um beijo.
olha camilla, como o rogério mesmo disse, também quando um formulário para participar do clube...
além disso, gostaria de citar outros que me irritam profundamente. por exemplo: quando você conhece a pessoa a um certo tempo, e ela vira pra você e diz "cara, se precisar de qualquer coisa, me liga". MENTIIIIIRA. pouquíssimas pessoas, e torno a dizer, pouquíssimas mesmo estão dispostas a te atender pra qualquer coisa. se você não considera o cara a ponto de fazer o possível (e, às vezes, até o impossível) para ajudá-lo, nunca diga isto. tem outro também: "aparece lá em casa um dia desses". BESTEEEEEIRA. o que você mais quer é que a pessoa passe beeem longe da sua casa. e o pior de tudo é que, se a pessoa aparece, ou como no caso anterior, se a pessoa liga procurando ajuda, com certeza o outro vai pensar "que cara folgado". isso me irrita. edudação é válido. mas, nem por isso você precisa espalhar gentilezas pelo mundo. isso é falso, mentiroso e feio. tanto quanto mandar a pessoa a merd* ou tomar naquele lugar.
beijos, camilla.
Tô dentro do clube!!
E o "desculpa qualquer coisa"? Será que quem diz isso pensa que essa frase é um curinga, que pode ser aplicado a "qualquer coisa"? Como desculpar alguém por alguma coisa que, supostamente, fez, se nem mesmo ele sabe o que é?
Beijo.
Faço feito o Rogério, cadê o formulário para o Clube dos Estranhos. E, além de concordar contigo, digo mais: quanto mais tempo de vida eu tenho, menos paciência me sobra para esse tipo de formalidade social sem sentido. Bom mesmo é curtir a companhia de amigos que nos conhecem de verdade, e não precisam estar fazendo esse tipo de pergunta idiota cuja resposta real não interessa a ninguém.
Camilla,
Eu estava conversando agora com um amigo sobre isso. Eca de vida cheia de direitos e deveres. Fora esse "Bom Dia" forçado, ir trabalhar com vontade de dormir e ainda ter que ser educada e evitar confrontos. Estamos em sintonia. A vida tem me feito sentir isso ultimamente.
Bjs.
Letícia
Postar um comentário